terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Flegetonte
Na mitologia grega o Flegetonte é um dos rios do Hades. Flegetonte é o rio de fogo, que passa pelo Tártaro.
Dodona
O santuário está circundado por um muro que é uma extensão do muro da acrópole, com a entrada a oeste. Junto à entrada estão um templo dórico, o altar de Hércules, e dois pequenos templos dedicados a Dione. Ao norte do altar de Hércules ficam as ruínas da basílica, e a oeste o mais importante dos edifícios do lugar, a Casa Sagrada (Hiera Oikia), ou templo de Zeus, tendo aos lados os templos de Têmis e Afrodite. Existem outros edifícios ainda não escavados, que juntos com os demais - o bouleuterion, o estádio, o teatro e a casa dos sacerdotes - perfazem uma grande complexo de desenho anfiteatral voltado para o oeste. A acrópole, ao norte do santuário, servia como residência permanente das autoridades de Dodona, e como cidadela em tempos de guerra.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Rio Estige
Estige era uma ninfa, filha de Tétis. Ajudou Zeus na guerra Titanomaquia contra os titãs e foi recompensada com uma fonte de águas mágicas que desaguavam no Hades. O Estige é o rio da invunerabilidade, um dos rios do Hades. Segundo uma versão da lenda de Dionísio, uma promessa pelo Estige é o voto mais sagrado que pode ser feito. Nem mesmo os deuses podem quebrar uma promessa pelo Estige. Segundo a lenda, a mortal Semele, mãe de Dionisio e uma amante de Zeus, foi enganada por Hera, que querendo vingar-se da amante do marido se metamorfoseou em sua serva. Hera convenceu Semele a pedir a Zeus uma prova de amor: primeiro Semele fez Zeus fazer uma promessa pelo Estige sem saber do que se tratava; depois Semele disse que queria ver a forma verdadeira de Zeus. Tendo já feito a promessa, Zeus não pôde voltar atrás e mostrou sua verdadeira forma a Semele, que morreu nessa metamorfose. O fato de nem mesmo Zeus ter ousado quebrar a promessa, demonstra a importância do voto. O Estige aparece em várias histórias. Numa das mais comuns, Tétis tentou tornar o seu filho Aquiles invulnerável mergulhando-o nas águas desse rio. Porém, ao mergulhá-lo, suspendeu-o pelo calcanhar (o calcanhar de Aquiles), ficando esta parte vulnerável, o que acabou sendo o motivo de sua morte durante a Guerra de Tróia.
Dídima e Elêusis
Dídima:
O santuário continha um templo e o mais importante oráculo de Apolo depois do de Delfos, e estava na dependência da cidade de Mileto. A presença humana é atestada no local desde a Pré-História.
Elêusis:
O santuário continha um templo e o mais importante oráculo de Apolo depois do de Delfos, e estava na dependência da cidade de Mileto. A presença humana é atestada no local desde a Pré-História.
Elêusis:
Elêusis é uma cidade da Grécia Antiga onde se realizavam os Mistérios de Elêusis, que eram ritos de iniciação ao culto das deusas agrícolas Deméter e Perséfone. Eram considerados os de maior importância entre todos os que se celebravam na antiguidade. Localiza-se a cerca de 30 km ao noroeste de Atenas, capital da Grécia.
Seu nome tem origem no fabuloso herói Elêusis, que era considerado filho de Mercúrio e Daíra, filha de Oceano. Outros, porém, acreditam ser ele filho de Ocírroe.
Elêusis é uma cidade muito famosa para os gregos, pois lá existe uma serra bem conhecida. Os gregos até evitam passar por lá, pois acreditam que há um mito sobre um monstro que vivia lá. Seu nome era Procrusto. Ele era um vendedor de camas, e possuía mais de dois metros de altura. Como suas camas eram muito grandes, e seus clientes eram muito pequenos, Procrusto usava suas camas para esticá-los até servir o tamanho.
Procrusto foi abatido pelo herói grego Teseu, que o enganou. Com essa enganação, Procrusto deitou-se em uma de suas camas, e Teseu usou a magia para prender Procrusto.
Delos
O nascimento de Apolo e Ártemis é uma das descrições mais interessantes da mitologia grega. Hera a primeira esposa de Zeus, nunca gostou muito de Leto. Vendo-a grávida, obteve da deusa Gaia promessa de que esta a impediria de achar lugar na terra onde pudesse dar à luz. Então Poseidon, vendo que a infeliz deusa não encontrava abrigo onde quer que fosse, comoveu-se e fez emergir do mar a ilha de Delos. Sendo essa ilha flutuante, não pertencia a Gaia, que assim não pôde nela exercer o seu poder supremo.
Delfos
O nome de Delfos tem origem em Delfíneo, epíteto de Apolo originado em sua ligação com golfinhos. De acordo com a lenda, Apolo teria ido a Delfos com sacerdotes de Creta no dorso de golfinhos. Outra lenda sustenta que Apolo chegou a Delfos vindo do norte e parou em Tempe, uma cidade na Tessália para colher louro, planta sagrada para ele. Com base nesta lenda, os vencedores nos Jogos Píticos recebiam uma coroa de louro colhido em Tempe. Na juventude, Apolo matou a terrível serpente Píton, que viveu em Delfos perto da Fonte Castalian,porque Píton tinha tentado violar Leto quando se encontrava grávida de Apolo e Ártemis. Esta era a fonte que emitia os vapores que permitiam ao oráculo de Delfos fazer as suas profecias. Apolo matou Píton, mas teve que ser punido por isso, dado que Píton era filha de Gaia. O altar dedicado a Apolo provavelmente foi dedicado originalmente a Gaia e depois a Posseidon. O oráculo nesse tempo predizia o futuro baseado na água ondulante e no sussurro das folhas das árvores.O primeiro oráculo de Delfos era conhecido geralmente como Sibila, embora seu nome fosse Herófila. Ela cantava as predições que recebia de Gaia. Mais tarde, Sibila tornou-se um título dado a qualquer sacerdotisa devotada ao oráculo. A Sibila apresentava-se sentada na rocha sibilina, respirando os vapores vindos do chão e emitindo as suas frequentemente intrigantes e confusas predições. Pausanias afirmava que a Sibila "nasceu entre o homem e a deusa, filha do monstro do mar e uma ninfa imortal". Outros disseram que era irmã ou filha de Apolo. Ainda outros reivindicaram que Sibila recebera os seus poderes de Gaia originalmente, que passou o oráculo a Têmis, que depois o passou a Phoebe. Este oráculo exerceu uma influência considerável através do país, e foi consultado antes de todos os empreendimentos principais: guerra, fundação das colônias, e assim por diante. Era também altamente respeitada em países semi-helênicos como Macedônia, Lídia, Cária e até mesmo Egipto.
Rio Alfeu e Cócito
Alfeu:
Segundo o mito, Aretusa, perseguida por Alfeu, foi escondida por Ártemis que fez um caminho por baixo da terra, até atingir a ilha ao sul da Itália, onde a transmutou numa fonte. Em seu trajeto viu Perséfone, que havia sido raptada por Hades, deus dos Infernos, e mais tarde deu esta informação a Deméter, mãe da jovem raptada e que a procurava sem sucesso. Seguindo a ninfa, Alfeu criara este caminho mítico, que unia a hélade à sua colônia siciliana.
Cócito:
Na mitologia grega, o Rio Cócito é o rio das lamentações, um dos rios do Hades.
Segundo o mito, Aretusa, perseguida por Alfeu, foi escondida por Ártemis que fez um caminho por baixo da terra, até atingir a ilha ao sul da Itália, onde a transmutou numa fonte. Em seu trajeto viu Perséfone, que havia sido raptada por Hades, deus dos Infernos, e mais tarde deu esta informação a Deméter, mãe da jovem raptada e que a procurava sem sucesso. Seguindo a ninfa, Alfeu criara este caminho mítico, que unia a hélade à sua colônia siciliana.
Cócito:
Na mitologia grega, o Rio Cócito é o rio das lamentações, um dos rios do Hades.
Titanomaquia
Titanomaquia, na mitologia grega, foi a guerra entre os Titãs, liderados por Cronos, e os Deuses Olímpicos, liderados por Zeus, que definiria o domínio do universo. Zeus conseguiu vencer Cronos após resgatar seus irmãos depois de uma luta que durou dez anos.
Tudo começa quando Urano deseja casar-se com Gaia, a Terra. Com isso nascem 12 filhos, 6 mulheres e 6 homens - chamados de Titãs. Urano temia que algum de seus filhos tentasse roubar seu trono, então cada vez que seus filhos nasciam, Urano os colocava novamente no útero de Gaia. Ela persuadiu seus filhos a se revoltarem contra o pai. O líder foi Cronos, que, no momento em que Urano estava copulando, foi libertado e utlizou uma foice para cortar as genitálias do pai. O sangue de Urano ao cair na Terra gerou os mares, as montanhas e as florestas. Cronos então liberta seus irmãos.
Cronos casa-se com sua irmã Titã Réia. Antes de ser destronado, Urano profetizou que assim como ele, Cronos também seria derrotado por um de seus filhos. Com isso, Cronos exige que seus filhos sejam entregues um a um para que ele os devore. A mãe entrega todos menos o último, Zeus. Em outras versões Réia também salva Poseidon (substituindo-o por um potro) e Hera (entregando-a aos cuidados das Horas e de Oceano e Tétis).A mãe entrega Zeus às ninfas (seres elementares) ou, em outras versões, aos centauros. Já adulto, Zeus se disfarça e dá a seu pai uma poção (que havia recebido de sua primeira esposa a titânide Métis) que o faz vomitar seus irmãos já adultos.
Zeus, apoiado pelos irmãos libertos, inicia a Titanomaquia. Nessa luta quase interminável, que durou 10 anos, os deuses posicionaram-se no monte Olimpo e os titãs adversários, convocados por Cronos, no monte Ótris. Tiveram, ainda, a ajuda dos titãs hecatônquiros, que forneceram a Zeus suas armas.
Hesíodo descreve assim a luta: "Parecia, ouvindo e vendo tão grande bulha e luz, que a terra e o céu se confundiam, pois era enorme o tumulto da terra esmagada e do céu a se precipitar sobre ela, tal o barulho da luta dos deuses. Ao mesmo tempo, os ventos, sacudindo-se, erguiam o pó, o trovão, o relâmpago, e o raio ardente, armas do grande Zeus, e levavam o brado e os clamores ao seio dos combatentes; e no incessante fragor da espantosa luta, todos mostravam a força dos seus braços."
Vitoriosos os "olímpicos" banem os Titãs para o Tártaro, junto com Erebus.
Os titãs Oceanus, Tétis, Mnemosine, Prometeu e Têmis não participaram da titanomaquia e mais tarde foram incorporados ao panteão grego.
Oceanus ficou como rei dos rios que circunveavam o mundo (ou seja, o mar). Prometeu mais tarde criou o primeiro ser humano a partir do barro e depois foi acorrentado no monte Cáucaso por ter roubado o fogo do Olimpo para dar aos homens, mas foi libertado por Héracles (ou Hércules) em um de seus doze trabalhos. E Métis tornou-se a primeira esposa de Zeus, que foi engolida por ele, pois Gaia fez uma profecia de que a filha de Métis, (Atena), também destronaria Zeus, motivo pelo qual Zeus engoliu a titânida.
Perses
Perses, na mitologia grega, foi um dos titãs, deus da destruição, filho de Crio e Euríbia. Perses se destacava entre os homens por sua sabedoria.Crio era filho de Urano e Gaia, e Euríbia era filha de Ponto e Gaia. Os filhos de Crio e Euríbia eram Astreu, Palas e Perses.Era casado com Astéria, sua prima, filha dos titãs Febe e Céos. Tiveram apenas uma filha, Hécate,honrada por Zeus sobre todas as outras como deusa da natureza, do nascimento, da bruxaria e da magia.
Palas
Palas, segundo a mitologia grega, era um dos Titãs da segunda geração, filho do titã Crio e de Euríbia, uma das filhas de Gaia e Pontos.Palas casou-se com Estige, a filha mais velha do titã Oceano e com ela gerou filhos poderosos: Cratos (o poder), Bia (a violência), Zelos (a furia) e Niké (a vitória).Quando Zeus declarou guerra aos titãs, Palas decidiu ficar aos lados dos seus, mas Estige escolheu apoiar Zeus e levou consigo todos os seus filhos. Ao findar a Guerra, Zeus triunfante lançou Pallas e os demais titãs no Tártaro.
Astreu
Astreu, na mitologia grega, foi um dos titãs da segunda geração, os netos de Urano e Gaia. Alguns autores modernos confundem este titã com o personagem Éolo da Odisseia. Ponto e Gaia geraram vários deuses ligados à água: Nereu, Taumante, Forcis, Ceto e Euríbia.Finalmente, Euríbia uniu-se a Crio, e desta união nasceram o grande Astreu, Palas e Perses.Uniu-se a Eos, filha de Téia e Hiperião, que deu-lhe os três ventos como filhos, Zéfiro, Bóreas e Nótus, além da estrela Eósforos e as estrelas que brilham no céu.
Prometeu (Hesíodo)
Hefesto acorrentando Prometeu |
Prometeu por sua vez, como castigo eterno, foi acorrentado a uma rocha no Cáucaso, onde seu fígado era devorado cotidianamente por uma águia, apenas para vê-lo regenerar-se durante a noite, segundo a lenda, devido à sua imortalidade. Anos mais tarde, o herói grego Héracles (o Hércules romano) abateria a águia e libertaria Prometeu de seus grilhões.O mito de Prometeu apareceu pela primeira vez na Teogonia (versos 507 a 616), obra do poeta épico grego do fim do século VIII a.C., Hesíodo. Filho do titã Jápeto com Clímene, umas das oceânides, era irmão de Menoécio, Atlas e Epimeteu. Na Teogonia, Hesíodo descreve Prometeu como um desafiante inferior à onipotência e onisciência de Zeus. Num célebre episódio, durante um banquete destinado a selar a paz entre mortais e imortais, Prometeu foi responsável por aplicar um estratagema em Zeus (545-557), ao colocou duas oferendas diferentes diante do deus olímpico: uma delas consistia de uma seleção de carne escondida dentro de um estômago de boi (alimento escondido dentro de um exterior repulsivo), enquanto a outra consistia dos ossos do boi totalmente envoltos em "reluzente gordura" (algo impossível de ser consumido dentro de um exterior atraente). Zeus escolheu a segunda, abrindo assim um precedente para os futuros sacrifícios, e a partir de então os humanos teriam passado a ficar com a carne dos animais que sacrificavam, dedicando aos deuses apenas os ossos, envoltos numa camada de gordura. O truque enfureceu Zeus, que retirou o fogo dos humanos como forma de retribuição. Prometeu, por sua vez, roubou o fogo dentro de um gigantesco caule de funcho, devolvendo-o à humanidade. Isto enraiveceu ainda mais Zeus, que enviou Pandora, a primeira mulher, para viver com os homens.Forjada por Hefesto a partir do barro, e trazida à vida por obra dos quatro ventos, todas as deusas do Olimpo reuniram-se para adorná-la. "Dela descende a geração das femininas mulheres", escreveu Hesíodo, "dela é a funesta geração e grei das mulheres, grande pena que habita entre homens mortais, parceiras não da penúria cruel, porém do luxo."
Hesíodo abordou novamente a história de Prometeu em sua obra Os Trabalhos e os Dias. Nela, o poeta fala com maior detalhe da reação de Zeus ao roubo do fogo. O deus olímpico não apenas retira o fogo dos homens, mas também os "seus meios de subsistência" . Não tivesse Prometeu provocado a ira de Zeus, "comodamente em um só dia trabalharias para teres por um ano, podendo em ócio ficar; acima da fumaça logo o leme alojarias, trabalhos de bois e incansáveis mulas se perderiam." Hesíodo também expande a história da primeira mulher, citada na Teogonia, chamando-a agora explicitamente de Pandora . Após Prometeu roubar o fogo, Zeus envia-a aos homens como retaliação; apesar dos avisos de Prometeu, seu irmão Epimeteu aceita o "presente" dos deuses. Pandora então abre a jarra que trazia consigo, de onde saíram "males, difíceis, trabalhos, terríveis doenças que ao homem põem fim." Pandora fechou a tampa da jarra tarde demais, e não pôde evitar que todos os males saíssem de lá; porém a esperança ainda permaneceu ali.
Prometeu
Prometeu levando o fogo à humanidade |
Prometeu foi libertado do seu sofrimento por Hércules que, havendo concluído os seus doze trabalhos dedicou-se a aventuras. No lugar de Prometeu, o centauro Quíron deixou-se acorrentar no Cáucaso, pois a substituição de Prometeu era uma exigência para assegurar a sua libertação.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Epimeteu
Na mitologia grega, Epimeteu é um titã, filho do titã Jápeto e da ninfa ou oceânide Ásia, filha de Oceanus, também chamada de Clímene (segundo alguns autores, a mãe seria Têmis) e irmão de Atlas, Prometeu, Hésperos e Menoécio.
Epimeteu criou os animais e deu-lhes os atributos. Quando chegou ao homem, não havia mais nenhuma qualidade para dar-lhe. Pediu socorro ao seu irmão Prometeu, que então roubou o fogo dos deuses e o ofertou aos homens, ensinando-lhe também como trabalhar com ele.
Foi esposo de Pandora, que em grego significa a que possui todos os dons, um presente de Zeus para ele. Na verdade Zeus queria se vingar de Prometeu, Epimeteu e da humanidade, que possuía o fogo que fôra roubado dos céus.
Epimeteu foi enganado por sua esposa, que abriu uma caixa que ele guardava a mando de seu irmão, Prometeu. Ela abre a caixa a qual continha todos os males que viriam para tornar a vida do homem em um caos, mas fecha rapidamente esta, restando dentro apenas o mal que acabaria com a esperança.
Após este desastre, Epimeteu e Pandora geram Pirra, que mais tarde desposa Deucalião (filho de Prometeu e sobrevivente do Dilúvio).
Atlas
Atlas era filho de Japeto com Climene. Pertencia à geração divina dos seres desproporcionados, violentos, monstruosos - encarnação das forças selvagens da natureza nascente, dos cataclismas iniciais, com que a terra se arrumava para poder receber, num regaço mais acalmado, a vida e a sua cúpula consciente: os humanos.
Atlas, com outros titãs, forças do caos e da desordem, pretenderam alcançar o poder supremo, pelo que atacaram o Olimpo e combateram ferozmente Zeus e aliados: as energias do espírito, da ordem, do Cosmos. (Ou, noutra versão, aliou-se aos demais titãs para resistir à revolta liderada por Zeus)."
Zeus, triunfante, castigou seus inimigos - escravos da matéria e dos sentidos, inimigos da espiritualização harmonizadora - lançando-os no Tártaro, a região mais profunda do Mundo Inferior, para que de lá nunca fugissem. Reservou para Atlas, porém, uma pena especial: pô-lo a sustentar, nos ombros e para sempre, os céus.
Atlas, assim punido, passou a morar no país das Hespérides (as três ninfas do Poente: Eagle, Eritia, Hesperatetusa).
A representação clássica de Atlas mostra que ele está sustentando um globo nos ombros que, normalmente é interpretado como sendo a Terra. Esse globo é, na verdade, a esfera celestial ou o firmamento.
Geralmente, Atlas é retratado sustentando um globo sobre os ombros. Esse fardo foi temporariamente aliviado por Héracles (Hércules) durante um de seus 12 trabalhos, mas Atlas foi enganado e voltou a carregar os céus sobre os ombros.
Consistiu este episódio no seguinte: tinha Hércules de apanhar algumas maçãs de ouro que nasciam no jardim das Hespérides (11º trabalho). Alertado por outro titã (Prometeu) de que apenas Atlas poderia fazê-lo impunemente, propôs a este que o fizesse, enquanto sustentava a abóboda celeste. Aliviado do grande peso, Atlas retorna, dizendo que ele mesmo faria a entrega das maçãs a Euristeu.
Percebendo o engodo, Hércules finge aquiescer e, pretextando colocar antes um anteparo sobre seus ombros, pede ao titã que sustente os céus por um momento - ao fazer isto, o herói parte, levando as maçãs, deixando a Atlas o seu eterno suplício.
Segundo uma das versões existentes, Atlas foi posteriormente libertado de seu fardo e tornou-se guardião dos Pilares de Hércules, sobre os quais os céus foram colocados, e que também eram a passagem para o lar oceânico de Atlântida (o Estreito de Gibraltar). Seu nome passou a significar "portador" ou "sofredor". Outra versão conta que Perseu o petrificou mostrando lhe a cabeça que havia arrancado da Medusa, transformando o titã Atlas no que hoje é o Monte Atlas
Têmis
Têmis era a deusa grega guardiã dos juramentos dos homens e da lei, sendo que era costumeiro invocá-la nos julgamentos perante os magistrados. Por isso, foi por vezes tida como deusa da justiça, título atribuído na realidade a Diké cuja equivalente romana é a Deusa Justitia.
Têmis empunha a balança, com que equilibra a razão com o julgamento, e/ou uma cornucópia; mas não é representada segurando uma espada. Seu nome significa "aquela que é posta, colocada".
Quando ainda criança, foi entregue por Gaia, aos cuidados de Nix, que acabara de gerar Nêmesis. O objetivo de Gaia, era proteger Têmis do enlouquecimento de Urano. Porém Nix estava cansada, pois gerara incessantemente seus filhos. Então Nix entrega sua filha Nêmesis, e a sobrinha Têmis aos cuidados de suas mais velhas filhas, as Deusas Moiras (Cloto, Laquésis e Atropo).
As Moiras criam as duas Deusas infantes, e lhes ensinam tudo sobre a ordem cósmica e natural das coisas; e a importância de zelar pelo equilibrio. As Moiras são as Deusas do destino,tanto dos homens, quanto dos Deuses e suas decisões não podem ser transgredidas por ninguém. Desta criação, vimos a origem das semelhanças das duas lindas e poderosas Deusas criadas como irmãs, Têmis a Deusa da justiça e Nêmesis a Deusa da retribuição.
Têmis não representa a matéria em si, como sua mãe Gaia, mas uma qualidade da terra, ou seja, sua estabilidade, solidez e imobilidade. Ela é uma deusa que falava com os homens através dos oráculos. O mais famoso de todos os templos oraculares da Grécia Antiga, Delfos, pertencia originalmente a Gaia, que o passou a filha Têmis. Depois disso, ele foi de Febe e só no fim foi habitado por Apolo. Há pesquisadores que afirmam, no entanto, que Têmis é o próprio princípio oracular, de modo que, em vez de ter havido quatro estágios de ocupação do oráculo Delfos, foram só três: Gaia-Têmis, Febe-Têmis e Apolo-Têmis. Portanto, Têmis tinha máxima ligação com a questão das previsões oraculares e, no fundo, representa a boca oracular da terra, a própria voz da Terra, ou seja, Têmis é a terra falando.
Quando o titã Prometeu foi acorrentado ao Monte Cáucaso, Têmis profetizou que ele seria libertado. Sua profecia se concretizou quando Héracles (ou Hércules), salvou-o do seu castigo. Foi Têmis quem alertou Zeus que o filho de Tétis seria uma ameça à seu pai.Ajudou Deucalião e Pirra a formar a humanidade após o dilúvio enviado como castigo por Zeus, profetizando que ambos deveriam "jogar os ossos de sua mãe para trás das costas". Pirra ficou temerosa de cometer algum sacrilégio ao profanar os ossos de sua mãe, não captando o sentido da profecia. Deucalião, porém, entendeu tratar-se de pedras os ossos da deusa-Terra, mãe de todos os seres. Assim ele atirou pedras para trás e delas surgiram homens.
Os oráculos dados por Têmis, não profetizavam só o futuro, mas eram ainda, mandamentos das leis da natureza às quais os homens deveriam obedecer. A Deusa nos fala de uma ordem e de uma lei naturais que precedem as noções culturalmente condicionadas da organização e das regras derivadas das necessidades de uma sociedade.Alguns pensadores creem ser Têmis uma abstração das noções humanas de uma justiça de uma cultura específica, presumivelmente matrifocal. Uma visão arquetípica, sustentaria que Têmis não é o produto da organização social, mas o pressuposto para tanto. Sua existência psicológica precede-o e subjaz ao entendimento humano do que ela quer dizer ou ensinará. A visão arquetípica localizaria sua origem na natureza psíquica, no inconsciente coletivo, ao invés de localizá-la na cultura e na consciência coletiva. Ela não é secundária, e sim fundamental.
Entretanto, nos cultos à Têmis eram celebrados os "mistérios" ou "orgias", emprestando-lhe a visão que ela era uma Deusa genuína, e não uma simples personificação da idéia abstrata de legalidade. Têmis é a Deusa oracular da Terra, ela defende e fala em nome da Terra, do enraizamento da humanidade em uma inabalável ordem natural.Um dos atributos de Têmis é sua grande beleza, além do poder de atração de sua dignidade. Sua atratividade física é confirmada pelo mito em que Zeus a persegue com seu estilo desenfreado e, finalmente, a desposa. Em outra versão após Zeus devorar Métis grávida, as Moiras levam Têmis até Zeus para se tornar a segunda esposa de Zeus, e as Moiras profetizam que Zeus precisa e tem muito a aprender com Têmis, que é tão sábia quanto Métis.
Seu mais ardente adversário no Olimpo foi Ares, o deus da guerra cujo o apetite por violência e sede de sangue não conhecia limites. Não porque Têmis fosse contra a guerra, mas agia com motivos de ordem ambiental, pois a guerra reduziria a população humana. Na qualidade de mãe das Horas (e pai Zeus), Têmis está também por trás da progressão ordenada do tempo na natureza. As Horas representavam a ordenação natural do cosmo: inverno e depois primavera, dia depois a noite, uma hora após a outra.
Sua outra filha com Zeus, Astréia, deusa virgem protetora da humanidade e que simboliza a pureza e a inocência, também era uma deusa da justiça. Conta-se que ela deixou a Terra no fim da Idade do Ouro para não presenciar as aflições e sofrimentos da humanidade durante as idades do Bronze e do Ferro. No céu ela tornou-se a constelação de Virgem. Também a balança de Têmis, que Astréia carregava foi transformada em uma constelação, Libra.
Têmis foi a segunda esposa de Zeus, depois de Métis e antes de Hera. É ela que temperou o poder de Zeus com muita sabedoria e com seu profundo respeito pelas leis naturais. Sendo uma Titã, suas raízes são instintivas e pré-olimpicas e estende-se à frente, para incluir uma visão cósmica das operações finais e essenciais do universo inteiro.
Além de esposa e conselheira, Têmis é também mentora de Zeus. Em um mito ela aparece como ama de leite de Zeus bebê, ensinando-o a respeitar a justiça. No casamento de Zeus e Têmis vemos duas forças, uma solar e outra lunar, trabalharem coligadas com poucos conflitos à serem observados. Zeus era o rei todo-poderoso, absoluto, um padrão arquetípico que governa a consciência coletiva, que tanto cria como mantém uma coletividade. Mas é Têmis, que movimentando-se dentro de vários outros padrões arquetípicos, desestabiliza o absolutismo e as certezas de Zeus. Ela movimentava-se em uma direção contrária, nunca deixando de incluir o máximo possível. Têmis exercia portanto, um efeito de abrandamento.
Entretanto, o casamento do dois não foi de total doce harmonia, pois embora transitasse sabedoria entre eles, os ditames de um e do outro, sempre tinham um preço muito elevado, pois nada possui solução definitiva.Na imagem de Zeus consultando Têmis, podemos aceitar uma boa dose de troca. Zeus é quem rege e decide, enquanto Têmis assume uma atitude mais suave e dá seu toque relativizador que procede de perspectivas mais abrangentes.
Mnemosine
Mnemosine era uma das Titânides, filha de Urano e Gaia e a deusa que personificava a Memória. Ela teve de Zeus as Nove Musas:
- Calíope (Poesia Épica)
- Clio (Historia)
- Érato (Poesia Romântica)
- Euterpe (Música)
- Melpômene (Tragédia)
- Polímnia (Hinos)
- Terpsícore (Dança)
- Tália (Comédia)
- Urânia (Astronomia)
Era aquela que preserva do esquecimento. Seria a divindade da enumeração vivificadora frente aos perigos da infinitude, frente aos perigos do esquecimento que na cosmogonia grega aparece como um rio, o Lete, um rio a cruzar a morada dos mortos (o de "letal" esquecimento), o Tártaro, e de onde "as almas bebiam sua água quando estavam prestes a reencarnarem-se, e por isso esqueciam sua existência anterior".
Tétis
Tétis, na mitologia grega, é uma titânide, filha de Urano e de Gaia. Da sua união com o seu irmão Oceano, nasceram as oceânides.As oceânides são três mil, e eles também tiveram três mil rios como filhos. Personifica a fecundidade da água, que alimenta os corpos e forma a seiva da vegetação.Tétis cuidou de Hera, entregue a ela por Reia, durante a luta entre titãs e os deuses olímpicos. Em reconhecimento, a rainha do Olimpo reconciliou-a com Oceano, quando o casal se desentendeu. Tétis é representada como uma mulher jovem, de aspecto sábio. Passeia pelo mundo numa concha de marfim, puxada por cavalos brancos.
Téia
Téia, é a visão, filha de Urano e Gaia, é uma titânide.Desposou Hipérion, seu irmão, e deu à luz as divindades siderais Helio, o Deus Sol, Selene, a Deusa Lua, e Eos a Deusa Aurora. Téia é a personificação da visão mesmo que o titã da visão seja Hipérion.
Febe
Representação de Febe |
Febe ou Foibe era conhecida como a mais bela entre as Titânide.Seu nome está ligado aos vocábulos gregos brilhante ou radiante, purificar e profetizar.Talvez a primeira deusa da Lua que os gregos conheceram, Febe é confundida com sua sobrinha Selene (filha de Hipérion e Téia), e também com suas netas Ártemis e Hécate. Febe é a deusa da lua, relacionada com as noites de lua cheia. Seu nome quer dizer "brilhante", nome que foi emprestado ao seu neto Apolo, chamado de Febo. Febe se uniu à Céos e tiveram as deusas Leto (mãe de Ártemis e Apolo) e Astéria (mãe de Hécate), que simbolizam respectivamente os oráculos da luz e da escuridão. Higino ainda acrescenta entre suas filhas o nome de Afirafes
Febe era uma antiga deusa da profecia e a terceira a presidir o oráculo de Delfos, após Gaia (sua mãe) e Têmis (sua irmã). Mais tarde deu o oráculo a seu neto Apolo como presente de aniversário. Por tudo isso Febe, apesar de brilhante, era considerada uma deusa de mistérios e segredos.
Era representada como uma bela mulher com os seios nus, voando pelo céu e levando numa das mãos um cântaro de prata.
Reia ou Réia
Representação de Reia (Réia) |
Reia (anteriormente Réia), na mitologia grega, era uma titã, filha de Urano e de Gaia.Irmã e esposa de Cronos, gerou neste ordem, segundo Pseudo-Apolodoro, Héstia (a mais velha), seguida de Deméter e Hera, seguidas de Hades e Poseidon; o próximo a nascer, Zeus, foi escondido por Reia em Creta.
Devido a um oráculo de Urano, que profetizara que Cronos seria destronado por um dos filhos, este passou a engolir todos os filhos assim que nasciam. Reia decidiu que isto não ocorreria com o sexto filho. Assim, quando Zeus nasceu, Reia escondeu-o numa caverna no Monte Ida em Creta ao cuidado dos assistentes curetes posteriormente sacerdotes e, no lugar do filho, deu a Cronos uma pedra enrolada em panos. Cronos engoliu-a, pensando ser o filho. Há diversas versões sobre quem criou Zeus. Algumas relatam que ele foi criado por Gaia; outras, por uma ninfa (Adamanteia ou Cinosura); segundo uma outra versão, foi nutrido por uma cabra (Amalteia). Ao atingir a idade adulta, Zeus destronou o pai, forçou-o a vomitar os irmãos e assumiu o Olimpo.Seguindo a ascensão do filho Zeus ao status de rei dos deuses, ela contestou uma parte do mundo e acabou refugiando-se nas montanhas, onde cercou-se de criaturas selvagens. Geralmente, é associada a leões ou a uma biga puxada por leões.
Oceano
Oceano, era o imenso rio que rodearia a Terra, personificado pelo titã de mesmo nome, filho de Urano e Gaia que tinha um corpo formado por um torso de um homem, com garras de caranguejo tal qual chifres na cabeça e grande barba, terminando com a cauda de uma serpente.
Alguns estudiosos consideram que Oceano representava originalmente todas as massas de água salgada, incluindo o Mediterrâneo e o Oceano Atlântico, as duas maiores massas conhecidas pelos antigos gregos. Contudo, com a evolução dos conhecimentos geográficos, Oceano passou a representar apenas as águas desconhecidas do Atlântico (também chamado de "Mar Oceano"), enquanto Poseidon reinava no Mediterrâneo.
Da união com sua irmã Tétis, foram originadas as ninfas dos mares ou Oceânidas, dentre as quais Anfitrite, mãe de Tritão, as Nereidas, os rios, além de todos os seres marinhos, que tomavam parte ativa nas aventuras dos deuses, como os golfinhos.
Na maioria das variantes do mito da guerra entre os Titãs e os Deuses Olímpicos, ou Titanomaquia, Oceano, tal como Prometeu e Têmis, não se juntaram aos seus irmãos titãs contra os Olímpicos, tendo se mantido afastados do conflito. Oceano também teria recusado aliar com Cronos na sua revolta contra seu pai Urano, mas ajuda Zeus quando este resolve salvar seus irmãos que foram engolidos por seu pai. É a sua filha Métis (que conhecia todas as ervas da terra) que confecciona uma poção capaz de fazer Cronos regurgitar os filhos que havia engolido.
Crio
Crio é um dos doze titãs clássicos da tradição hesiódica. Ele desposou Euríbia e gerou: Palas, Astreu e Perses.Filho de Urano e de Gaia, Crio representava o inverno, o frio, os seres marítimos e seu poder destrutivo envolvia as criaturas até hoje desconhecidas do mar abissal. Ninguem conhece a real forma deste titã.Crio, assim como os demais titãs que ficaram ao lado de Cronos na Titanomaquia, foi aprisionado no Tártaro.
Jápeto
Jápeto e seus irmãos, liderados por Cronos, conspiraram contra seu pai Urano, preparando-lhe uma emboscada quando desceu para se deitar com a Terra. Crios, Coios, Hipérion e Jápeto se puseram nos quatro cantos do mundo para segurar o deus do céu enquanto Cronos, escondido no centro, castrava o seu pai Urano, com uma foice, nesse mito, Jápeto e os três irmãos representam os quatro pilares cósmicos que nas cosmogonias do Oriente Médio separam o céu e a terra. Jápeto era o pilar do oeste, posição depois ocupada por seu filho Atlas.
Jápeto, "o perfurador" pode também ter sido visto como o deus-titã do tempo de vida humano e da mortalidade, principalmente da morte violenta e também está associado à habilidade artesanal.
Jápeto desposou Clímene, filha de Oceano e Tétis. Clímene gerou filhos de Jápeto:
- Prometeu "o que pensa antes", um dos titãs que apoiaram Zeus contra Cronos. Criador dos homens e doador do fogo à humanidade, foi condenado a ficar acorrentado por 30 mil anos, com uma águia a lhe comer o fígado diariamente, mas foi libertado por Héracles, que substituiu o prisioneiro por quíron, o centauro;
- Epimeteu "o que pensa depois", criou os animais e homens com seu irmão Prometeu, recebeu Pandora como esposa, que abriu a caixa que espalhou os males no mundo;
- Atlas "o que suporta", titã que apoiou Cronos, e foi punido por Zeus à suportar o céu nas costas;
- Menocéio "aquele que é vanglorioso".
Hiperíon
Hipérion, na mitologia grega, é um deus solar primitivo, que ao se unir com a titânide Téia gerou Selene (a Lua), Hélios (o Sol) e Eos (a Aurora).Era um dos 12 filhos de Urano (o Céu) e de Gaia (a Terra). Seu nome quer dizer: "o que está no alto". É também o Titã da visão.
Céos
Céos, na mitologia grega, foi um dos titãs que nasceram de Gaia (Gea) e Urano. Era o titã da inteligência. Foi casado com a titanide Febe e com ela teve Astéria, a Deusa estelar, e Leto, a Deusa do anoitecer.
Idade do Ouro
Na mitologia clássica, a "era dourada" ocorreu durante o governo de Cronos. Paz e harmonia predominaram durante esta era. Os humanos não envelheciam, mas morriam pacificamente. A primavera era eterna e as pessoas eram alimentadas com bolotas de um grande carvalho, com frutas silvestres e mel que gotejava das árvores. Os espíritos daqueles homens que morriam eram conhecidos como Aimones e posteriormente serviram como mentores para os antigos gregos (que consideravam que eles próprios viviam no período final da era férrea).
Este tempo terminou quando Prometeu deu o segredo do fogo aos homens. Zeus puniu os homens, permitindo que Pandora abrisse sua caixa que originou todo o mal no mundo mortal.
Cronos
Filho de Urano, o Céu estrelado, e Gaia, a Terra, é o mais jovem dos Titãs. A pedido de sua mãe se tornou senhor do céu castrando o pai com um golpe de foice.A partir de então, o mundo foi governado pela linhagem dos Titãs que, segundo Hesíodo, constituía a segunda geração divina. Foi durante o reinado de Cronos que a humanidade (recém-nascida) viveu a sua "Idade de Ouro".
Cronos casou com a sua irmã Réia, que lhe deu seis filhos (os Crónidas): três mulheres, Héstia, Deméter e Hera e três homens Hades, Poseidon e Zeus.
Como tinha medo de ser destronado, Cronos engolia os filhos ao nascerem. Comeu todos exceto Zeus, que Réia conseguiu salvar enganando Cronos enrolando uma pedra em um pano, a qual ele engoliu sem perceber a troca.Quando Zeus cresceu, resolveu vingar-se de seu pai, solicitando para esse feito o apoio de Métis - a Prudência - filha do Titã Oceano. Esta ofereceu a Cronos uma poção mágica, que o fez vomitar os filhos que tinha devorado.
Então Zeus tornou senhor do céu e divindade suprema da terceira geração de deuses da Mitologia Grega ao banir os tios Titãs para o Tártaro e afastou o pai do trono, e segundo as palavras de Homero prendeu-o com correntes no mundo subterrâneo, onde foi encontrado, após dez anos de luta encarniçada, pelos seus irmãos, os Titãs, que tinham pensado poder reconquistar o poder de Zeus e dos deuses do Olimpo.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Titãs
Na mitologia grega, os Titãs – masculino – e Titânides – feminino - estão entre a série de deuses que enfrentaram Zeus e os deuses olímpicos na sua ascensão ao poder. Outros oponentes foram os Gigantes,Tifão e Ofion.Os Titãs não formam um conjunto homogêneo. Trata-se, em geral, de divindades muito antigas que, por uma razão ou outra, continuaram a ter uma certa vigência dentro da mitologia grega clássica e, ao constituir-se o esquema genealógico dos deuses, foram incluídas entre os descendentes de Urano.
Os mitos gregos da Titanomaquia caem na classe dos mitos semelhantes na Europa e Médio Oriente, em que uma geração ou grupo de deuses confronta os dominantes. Por vezes os deuses maiores são derrotados. Outras os rebeldes perdem, e são afastados totalmente do poder ou ainda incorporados no panteão. Outros exemplos seriam as guerras dos Aesir com os Vanir e os Jotunos na mitologia escandinava, o épico Enuma Elish babilónico, a narração hitita do "Reino do Céu" e o obscuro conflito geracional dos fragmentos ugaritas. O Livro da Revelação cristão também descreve uma "Guerra no Céu".
Originalmente os Titãs eram filhos de Urano e Gaia:
Titãs:
- Oceanus, o rio que circundava o mundo.
- Céos, titã da inteligência.
- Crio, titã do frio e inverno assim como dos rebanhos e das manadas, esposo de Euríbia e pai de Palas, Perses e Astreu
- Hipérion, o fogo astral e a visão.
- Jápeto, esposo da oceanide Clímene e pai de Prometeu, Atlas, Epimeteu e Menoécio.
- Cronos, que destronou Urano e foi rei dos titãs.
Titânides:
- Febe, a da coroa de ouro. Titânide da lua.
- Mnemosine, personificação da memória e mãe das Musas com Zeus.
- Reia, rainha dos titãs com Cronos.
- Témis, encarnação da ordem titãnica, das leis e costumes, e mãe das Horas com Zeus.
- Tétis, titã do mar.
- Téia, titã da visão e da luz.
- Oceano e Tétis geraram as Oceânides, os rios (Oceânidas, Potamoi ou Lemnai) e os mananciais.
- Hipérion e Téia a Helios (o sol), Selene (a lua) e Eos (a aurora).
- Céos e Febe a duas filhas, Leto e Astéria.
Fontes mitológicas
Hesíodo - A fonte mais famosa a este respeito é inquestionavelmente a Teogonia, de tal forma que se confunde frequentemente o panteão primordial grego com o descrito na obra. A primeira divindade que se cita na obra é o Caos, seguido por Gaia, Tártaro, Eros, Érebo, Ponto, Urano, Óreas, Nix, e então Hemera e Éter.
Homero - A teogonia homérica parece considerar Oceanus e Tétis os pais de todos os deuses, vinculando o seu nascimento ao mar.
Alcman – O poeta Alcman considera a Titânide Tétis a primeira deusa que "ordena todas as coisas", criadora deporos ("caminhos"), tekmor ("sinais") e skotos ("escuridão") no monótono e uniforme vazio.
Epiménides - Epiménides faz de Air (o Ar) e de Nix os dois seres primordiais, que se unem para parir o Tártaro. Posteriormente nasceriam dois Titãs, que engendrariam um ovo primordial de onde surgiria uma nova ordem.
Deuses primordiais
Os deuses primordiais da mitologia grega, também chamados Protogonos eram as divindades que nasceram em primeiro lugar, que surgiram no momento da criação, e cujas formas constituem a estrutura básica do universo. O primeiro deles surgiu do nada, e os outros surgiram dele.
Os antigos gregos dispunham de várias teogonias diferentes, e ainda que estas apresentassem algumas personagens comuns, é difícil elaborar uma lista única de divindades primordiais para a mitologia grega, pois essas divindades, assim como o papel de cada uma, varia de uma fonte para outra.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Urano
Urano era uma divindade da mitologia grega que personificava o céu. Foi gerado espontaneamente por Gaia (a Terra) e casou-se com sua irmã. Ambos foram ancestrais da maioria dos deuses gregos, mas nenhum culto dirigido diretamente a Urano sobreviveu até a época clássica, e o deus não aparece entre os temas comuns da cerâmica grega antiga. Não obstante, a Terra, o Céu e Estige podiam unir-se em uma solene invocação na épica homérica.
A maioria dos gregos considerava Urano como um deus primordial (protogenos) e não lhe atribuía filiação. Cícero afirma, em De Natura Deorum ("Da Natureza dos Deuses"), que ele descendia dos antigos deuses Éter e Hemera, o Ar e o Dia. Segundo os hinos órficos, Urano era filho da noite, Nix.
Seu equivalente na mitologia romana é Caelus ou Coelus - do qual provém caelum (coelum), a palavra latina para "céu".
Segundo o mito da criação do Olimpo, relatado por Hesíodo na Teogonia, Urano veio todas as noites cobrir a Terra (Gaia), mas ele odiava as crianças geradas.
Hesíodo refere, como descendentes de Urano, os Titãs, seis filhos e seis filhas, os Cem braços e os gigantes com um só olho, os Ciclopes.
Urano aprisionou os filhos mais novos de Gaia no Tártaro, nas entranhas da Terra, causando grande dor a Gaia. Ela forjou uma foice e pediu aos filhos para castrarem Urano. Apenas Cronos, o mais jovem dos Titãs, concordou. Ele emboscou seu pai, castrou-o e lançou os testículos cortados ao mar.
Do sangue derramado de Urano sobre a Terra nasceram os Gigantes, as três Erínias, as Melíades, e segundo alguns, os Telquines.
A partir dos testículos lançados ao mar nasceu Afrodite. Alguns dizem que a foice ensanguentada foi enterrada na terra e daí nasceu a fabulosa tribo dos Feácios.Depois de Urano ter sido deposto, Cronos re-aprisionou os Hecatônquiros e os Ciclopes no Tártaro. Urano e Gaia profetizaram que Cronos, por sua vez, estava destinado a ser derrubado por seu próprio filho, e assim o Titã tentou evitar essa fatalidade devorando os seus filhos.Zeus, graças a artimanhas de sua mãe Reia, conseguiu evitar este destino.
domingo, 22 de janeiro de 2012
Tártaro
Representação dos deuses primordiais |
Assim como Gaia era a personificação da Terra e Urano a personificação do Céu, Tártaro era a personificação do Mundo Inferior. Nele estavam as cavernas e grutas mais profundas e os cantos mais terríveis do reino de Hades, o mundo dos mortos, para onde todos os inimigos do Olimpo eram enviados e onde eram castigados por seus crimes. Lá os Titãs foram aprisionados por Zeus, Hades e Poseidon após a Titanomaquia.
O poeta grego Hesíodo garantiu que uma bigorna de bronze cairia do céu durante nove dias até alcançar a terra, e que cairia outros nove dias até atingir o Tártaro. Sendo um lugar tão profundo no chão, estava coberto por três camadas de noites, que se seguiam a um muro feito de bronze a cercar este distante subterrâneo.Era um poço úmido, frio e desgraçadamente imerso na mais tenebrosa escuridão.O Tártaro também é o local onde o crime encontra seu castigo. Um bom exemplo é o de Sísifo, ladrão e assassino, condenado a eternamente empurrar uma rocha ladeira acima - apenas para vê-la novamente descer com o próprio peso. Também ali se encontrava Íxion, o primeiro homem a derramar o sangue de um parente. Fez com que o seu sogro caísse num fosso cheio de carvões em brasa para assim evitar o pagamento do dote pela esposa. Seu justo castigo foi o de passar toda a eternidade girando uma roda em chamas. Tântalo, que desfrutava da confiança dos deuses, conversando e ceando com eles, dividiu a comida e os segredos divinos aos seus amigos. Sua punição pela perfídia consistia em ser mergulhado até o pescoço em água fria, que desaparecia sempre que tentava bebê-la para aplacar a enorme sede, além de ver frutificando logo acima de sua cabeça deliciosas uvas que, quando tentava colhê-las, subiam para fora de seu alcance.Enquanto, segundo a mitologia grega, o Submundo (Érebo, reino de Hades) era o lugar para onde iam os mortos, o Tártaro tinha vários moradores. Quando Cronos era o deus que governava o mundo, prendeu os Ciclopes no Tártaro. Zeus os libertou, para que o ajudassem na sua luta contra os titãs - que acabaram sendo derrotados pelos deuses do Olimpo, e aprisionados neste desolador tugúrio. Ficaram vigiados por enormes gigantes, cada um com 50 grandes cabeças e 100 fortes braços, chamados Hecatônquiros. Mais tarde, quando Zeus derrotou o monstro Tifão, filho de Tártaro com Gaia, também o lançou neste mesmo poço de água.
Tálassa
Tálassa ela era a personificação feminina do marMediterrâneoEgeon, a personificação do Telquine se essa mesma versão coloca Tálassa como mãe de Tálassa foi, na mitologia grega, uma deusa primordial do mar, filha de Éter e Hemera. Ela era a personificação feminina do mar Mediterrâneo.Com Pontos, ela foi a mãe de todos os peixes e seres do mar, da ninfa Hália, às vezes também do Gigante Egeon, a personificação do Mar Egeu e dos nove Telquines.Quando o sêmen de Urano a fecundou, ela teve Dione, a deusa das ninfas. Outra versão coloca Dione como uma das oceânides e essa mesma versão coloca Tálassa como mãe de Afrodite com Urano.
Ponto
Na mitologia grega, Ponto era o antigo deus pré-olímpico do mar.Segundo Hesíodo em sua Teogonia, tal como Urano, Ponto nasceu por parte no génese de Gaia, a Terra, ou seja, Gaia gerou Ponto por si própria, sem se acasalar. Já Higino afirmou que Ponto era filho de Gaia com Éter, o Ar.Foi pai com Gaia do velho do mar, Nereu, e de Taumante, dos aspectos perigosos do mar, Forcis e sua irmã e esposa Ceto, e de Euríbia. Com Talassa (cujo nome também significa "mar", mas com uma raiz pré-grega), foi pai dos Telquines.
Physis
Physis, segundo os filósofos pré-socráticos, é a matéria que é fundamento eterno de todas as coisas e confere unidade e permanência ao Universo, o qual, na sua aparência é múltiplo, mutável e transitório.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Óreas
Na mitologia grega, os Oureai eram os deuses primordiais (protogonos) ou daemos rústicos das montanhas. Eram filhos de Gaia (a Terra) sem pai, e portanto irmãos de Urano (o Céu) e Pontos (o Mar).
Ofíon
Na ficção mitológica de Ferécides de Siro, Ofíon, também chamado Ofioneu, governou o mundo junto com Eurínome até serem derrotados por Cronos e Reia, que lhes arremessaram ao Oceanos.Há poucas informações sobre essa divindade grega. A referência mais antiga que se conhece é o Heptamychia de Ferécides de Siro (século VI a. C.).Também se menciona o nascimento de Ofioneus, assim como uma batalha entre deuses com Cronos em um bando e Ofioneus e seus filhos no outro, aonde ao final se chegava a um acordo que, no entanto empurrava a este segundo bando ao Oceanos e outorgava ao primeiro o céu
Nesoi
Na mitologia grega, as Nesoi eram as deusas das ilhas. A cada ilha foi dito que tinha sua própria personificação. Foram classificados como um dos antigos deuses elementares chamados Primordiais. As ilhas Nesoi disseram ter sido uma montanha (em grego, Óreas), mas Poseidon golpeou-as violentamente e mergulhou no mar com seu tridente.
Hemera
Representação de Hemera |
Na mitologia grega, Hemera – filha de Nix (a noite) com Erebo (deus da escuridão) – era a personificação do dia (a deusa é interligada ao fato mitológico de poder ter sido a primeira deusa a representar o sol). Teve um romance com seu irmão Éter e com ele teve uma filha, Tálassa. Unida a este, também gerou seres não antropomorfizados: Tristeza, Cólera, Mentira, etc. Hemera personificava a luz do dia e o ciclo da manhã. Nasceu junto de Ether e das Hespérides. Era personificação do dia como divindade feminina.
Algumas tradições colocam Éter e Hemera como pais de Urano e de Gaia — logo como a semente de quase todos os deuses gregos. Segundo a mitologia, momentos antes de Hemera conceber Urano e Gaia, ouviam-se grandes estrondos por todo Universo, como se o céu estivesse sendo influenciado pela deusa (é citado que isso se deve ao fato de Hemera ter uma forte ligação com Éter). Mais tarde, passou a compor o séquito de Hélios ao lado das Hespérides. Era também guardiã das fronteiras, entre o mundo onde chegava a luz e o mundo das sombras.
Segundo Hesíodo, Hemera habita junto com sua mãe além do Oceano, no extremo do Ocidente. Lá, um grande muro separa as portas do Inferno do Mundo visível. Atrás do muro há o grande palácio onde ambas residem, mas nunca as duas estão juntas. Quando Hemera sai, sua mãe espera até a hora de lançar a noite sobre o mundo. Quando Hemera retorna cruza por sobre o muro e cumprimenta sua mãe que saia para correr pelo Mundo.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Filhos e filhas de Gaia (árvore genealógica)
Peço desculpas pela qualidade da árvore genealógica tentei de fazer de uma forma simples pra que todos entendessem e conhecessem os filhos e filhas de Gaia.
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