quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Filhos e filhas de Gaia (árvore genealógica)

Peço desculpas pela qualidade da árvore genealógica tentei de fazer de uma forma simples pra que todos entendessem e conhecessem os filhos e filhas de Gaia.











Gaia

Gaia, Géia, Gea ou Gê era a Mãe Terra, como elemento primordial e latente de uma potencialidade geradora quase absurda. Segundo Hesíodo, no princípio surge o Caos, e do Caos nascem Gaia,Tártaro, Eros (o amor), Érebo e Nix (a noite).Gaia gera sozinha Urano, Ponto e as Óreas (as montanhas). Ela gerou Urano, seu igual, com o desejo de ter alguém que a cobrisse completamente, e para que houvesse um lar eterno para os deuses "bem-aventurados".
Com Urano, Gaia gerou os 12 Titãs: Oceano, Céos, Crio, Hiperião, Jápeto, Téia, Reia, Têmis, Mnemosine, a coroada de ouro Febe e a amada Tétis; por fim nasceu Cronos, o mais novo e mais terrível dos seus filhos, que odiava a luxúria do seu pai.
Após, Urano e Gaia geraram os Ciclopes e os Hecatônquiros (Gigantes de Cem Mãos). Sendo Urano capaz de prever o futuro, temeu o poder de filhos tão grandes e poderosos e os encerrou novamente no útero de Gaia. Ela, que gemia com dores atrozes sem poder parir, chamou seus filhos Titãs e pediu auxílio para libertar os irmãos e se vingar do pai. Somente Cronos aceitou. Gaia então clamou a Nix e a pediu para fazer uma arma ao titã que pudesse destruir Urano, logo antes do deus retornar, Nix deu a arma ao titã que foi escondido por sua mãe, ao descer,Urano, para se unir mais uma vez com a esposa, foi surpreendido por Cronos, que atacou-o e castrou-o, separando assim o Céu e a Terra.O Titã lançou os testículos de Urano ao mar, mas algumas gotas caíram sobre a terra, fecundando-a. Do sangue de Urano derramado sobre Gaia, nasceram os Gigantes, as Erínias as Melíades e Afrodite.
Após a queda de Urano, Cronos subiu ao trono do mundo e libertou os irmãos. Mas vendo o quanto eram poderosos, também os temia e os aprisionou mais uma vez. Gaia, revoltada com o ato de tirania e intolerância do filho, tramou uma nova vingança.Quando Cronos se casou com Réia e passou a reger todo o universo, Urano lhe anunciou que um de seus filhos o destronaria. Ele então passou a devorar cada recém nascido por conselhos do pai. Mas Gaia ajudou Réia a salvar o filho que viria a ser Zeus. Réia então, em vez de entregar seu filho para Cronos devorar entregou-lhe uma pedra, e escondeu seu filho em uma caverna.
Já adulto, Zeus declarou guerra ao pai e aos demais Titãs com a ajuda de Gaia. E durante cem anos nenhum dos lados chegava ao triunfo. Gaia então foi até Zeus e prometeu que ele venceria e se tornaria rei do universo se descesse ao Tártaro e libertasse os três Ciclopes e os três Hecatônquiros.Ouvindo os conselhos de Gaia, Zeus venceu Cronos, com a ajuda dos filhos libertos da Terra e se tornou o novo soberano do Universo. Todavia, Zeus realizou um acordo com os Hecatônquiros para que estes vigiassem os Titãs no fundo do Tártaro. Gaia pela terceira vez se revoltou e lançou mão de todas as suas armas para destronar Zeus.
Num primeiro momento, ela pariu os incontáveis Andróginos, seres com quatro pernas e quatro braços que se ligavam por meio da coluna terminado em duas cabeças, além de possuir os órgãos genitais femininos e masculinos. Os Andróginos surgiam do chão em todos os quadrantes e escalavam o Olimpo com a inteção de destruir Zeus, mas, por conselhos de Têmis, ele e os demais deuses deveriam acertar os Andróginos na coluna, de modo a dividi-los exatamente ao meio. Assim feito, Zeus venceu.
Em uma outra oportunidade, Gaia produziu uma planta que ao ser comida poderia dar imortalidade aos Gigantes; todavia a planta necessitava de luz para crescer. Mas ao saber disto Zeus ordenou que Hélio, Selene, Eos e as Estrelas não subissem ao céu, e escondido nos véus de Nix, ele encontrou a planta e a destruiu. Mesmo assim Gaia incitou os Gigantes a colocarem as montanhas umas sobre as outras na intenção de subir o céu e invadir o Olimpo. Mas Zeus e os outros deuses venceram novamente.
Como última alternativa, enviou seu filho mais novo e o mais horrendo, Tifão para dar cabo dos deuses e seus aliados, mas os deuses se uniram contra a terrivel criatura e depois de uma terrivel e sangrenta batalha, eles conseguem vencer o último filho de Gaia.Enfim, Gaia cedeu e acordou com Zeus que jamais voltaria a tramar contra seu governo. Dessa forma, ela foi recebida como uma deusa Olímpica.

Fanes

Na mitologia grega Fanes  é um deus nascido do ovo cósmico que dividiu Cronos e Ananké, e a divindade primogênita da procriação e da geração de uma nova vida. Muitas vezes é equiparado ao anterior Eros, que possuía a mesma função na Teogonia de Hesíodo. Era também chamado de Ericapeo, Metis e Protogono.Fanes era o governante dos deuses e deu o cetro de seu reinado para Nix, sua única filha (segundo a tradição órfica), que por sua vez o deu a seu filho Urano. O cetro foi levado à força pelo filho de Urano, Cronos, que o perdeu para Zeus, o governante final do universo. Dizem que Zeus devorou Fanes para apoderar-se de seu poder primordial sobre toda a criação e reparti-lo entre uma nova geração divina: os olímpicos.Quando Cronos - o antigo deus dos deuses, que governa o tempo, engoliu seus filhos para que nenhum destes viesse a ocupar seu lugar, de acordo com uma antiga profecia, Fanes interveio e preparou uma poção que o fez vomitar Poseidon e Hades com vida para que pudessem quando crescer governar respectivamente: céu, mares e inferno.

Eurínome

Eurínome, na mitologia grega, era uma oceânide, filha de Oceano eTétis. Eurínome e Zeus são os pais das Graças: Aglaia, Tália e Eufrosina. Alguns autores (não mencionados) colocam Asopo como filho de Eurínome e Zeus.
Na época de Pausânias, a aproximadamente vinte estádios de Phigalia, havia um santuário a Eurínome próximo à confluência dos rios conhecidos como Neda e Límax, no Peloponeso, em um lugar de difícil acesso. Os habitantes de Phigalia acreditavam que Eurínome era um título de Ártemis, mas os que conheciam a tradição reconheciam Eurínome como a filha de Oceano. Ela e Tétis (nereida) receberam Hefesto. O santuário permanecia fechado o ano todo, abrindo apenas um dia por ano, em uma data fixa; neste dia eram oferecidos sacrifícios pelo Estado e por indivíduos.
Pausânias não chegou no dia do festival e por isso não viu a estátua da deusa, mas a descrição dada pelos habitantes de Phigalia era de uma imagem de madeira, presa com correntes de ouro, sendo mulher da cintura para cima, e peixe da cintura para baixo. Pausânias comenta que não existe como conectar esta imagem à de Ártemis.
Foi protótipo da Deusa mãe criadora e a mais importante divindade dos pelasgos, o povo que ocupou a região da Grécia em tempos pré-históricos antes da invasão jônica e dórica.
O nome significa algo como "aquela que governa de longe", e seu culto se espalhou por todo o Mediterrâneo, servindo de base para a maioria das religiões da região. Eurínome está associada ao mar e dentre os títulos atribuídos a ela, alguns são a Grande Deusa, Mãe Primordial, a Criadora do Universo, a Governante, Deusa do Universo, Deusa de Tudo, e Aquela Que Se Move Na Eternidade. ".
Eurínome tinha um templo em Arcádia de difícil acesso que era aberto apenas uma vez por ano. Se peregrinos penetrassem no santuário, iriam encontrar a imagem da Deusa como uma mulher com um rabo de serpente, presa com correntes de ouro. Nesta forma, Eurínome do Mar era considerada a mãe de todos os prazeres.
A lenda de Eurínome retrata bem a humanidade no período Paleolítico, quando o ato sexual ainda não era associado à gravidez e as culturas humanas não tinham conhecimento sobre o papel reprodutor do macho. A humanidade acreditava que as mulheres geravam os bebês por si próprias: ao ser picada por alguns insetos, comer determinado alimento ou se expor ao vento norte ou ao orvalho eram associações à gravidez. Em seu mito, Eurínome é o reflexo dessa crença, pois a partir do vento criou tudo o que existe no planeta, o que prova que é uma Deusa extremamente antiga.
Com o passar dos anos, Eurínome foi absorvida pelo culto às Cárites e posteriormente passou a ser considerada sua mãe. Após a ascensão do patriarcado, Eurínome foi injustamente rebaixada aos status de amante de Zeus, e de Criadora passou a ser considerada apenas uma titanide filha de Oceano e Tétis. Todavia, mesmo na versão patriarcal da mitologia grega, Eurínome e seu consorte Ofíon reinaram sobre o monte Olimpo até serem derrotados por Réia e Cronos.
Por ser a Deusa do Universo, é dito que dificilmente Eurínome concede um pedido específico, porém quando o faz, suas bençãos são eternas e acompanham a venturosa pessoa por todas as encarnações. A lenda é um dos mais antigos mito da Criação existente desde a invenção da escrita. Eurínome é a Mãe Primordial dos Deuses e a Criadora do Universo, que governou o Olimpo antes da chegada do patriarcado e do reinado dos Deuses masculinos.